sexta-feira, 29 de junho de 2007

Frase do momento...

"Mais vale uma tentativa frustrada que a frustração de não tentar."
Anônimo

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Não sou eu que quero iludi-lo...


...são seus olhos !
O mundo é uma ilusão ou somos a ilusão do mundo ?
Para outras bárbaras ilusões, clique aqui.

Presença e função do lugar-comum...

Um retrato do espírito de nossa época, através
dos lugares-comuns na linguagem.

"O escritor de hoje tende a usar muito menos palavras, e muito mais simples, tanto porque a cultura de massa diluiu o conceito de instrução como porque diminuiu extraordinariamente o conjunto de realidades das quais as palavras podem dar conta de modo necessário e suficiente."
(Steiner, 1990)




Estas e outras análises neste excepcional livro, recomendo.
Outras opiniões aqui.

Pinturas de luz...


Excelente site de fotografia!
http://www.dpchallenge.com/

Saiba tudo a todo instante...


Profusão
[Do lat. profusione.]
S. f.
1. Grande porção ou abundância; exuberância.
2. Gasto excessivo.

Não que eu seja contrário ao conhecimento genérico, ao saber geral, mas hoje há uma intensa e exigente necessidade de possuir especialização em tudo. Dos itens mais comuns aos mais bizarros. Tudo ao todo instante, de William Shekespiare a Foie Gras, de Cranachan a Still Alive.

Para os conectados, a rendenção do saber online se traduz pelos mecanismos googlelianos e wikipedianos. Mas é claro, não podemos esquecer do viés da imensa massa podre de informações ou das preferências e tendências nos wikivocábulos. Tudo a todo instante não quer e não deve dizer profundidade, é um conhecimento com displicência, a informação com objetivo de atender uma indagação momentânea. A mentalidade enciclopédica que vigorou no ensino fundamental e média até a década de 80 e não foi substituída pelo senso crítico.

Mas quem não possui a resposta para tudo em sua igreja googleana mais próxima, pode apelar para as páginas (em papel mesmo) de vastas enciclopédias culturais, Barsas e como não dizer das Larousses. Consultado qualquer livraria, ou mesmo o site Submarino, você descobrirá que há mais de 300 tipos de Larousses. Sobre tudo...

Larousse do Vinho, do Cavalo, dos Bombeiros, da Comida Asiática, da Gravidez, dos Cães, da História, da Reciclagem, até do Universo tem..., enfim, uma verdadeira exuberância de coisas que nem sei como organizar direito. Na onda dessa profusão de profusões, darei minha contribuição, por que não uma Larousse das Larousses ?

terça-feira, 26 de junho de 2007

Os amplos caminhos da lógica...


O jogo modernamente designado por Hex foi inventado pelo matemático e poeta Piet Hein que o introduziu em 1942 no Instituto Niels Bohr e, de forma independente, pelo famoso matemático John Nash no final dos anos 40. Na Dinamarca este jogo ficou conhecido por Poligno, embora Hein o chamasse con-tac-tix. Alguns companheiros de Nash chamavam ao jogo apenas Nash ou John. Martin Gardner, conhecido divulgador científico, também contribuiu para a popularidade do jogo escrevendo sobre ele nas colunas da Scientific American.
As regras do jogo são bastante fáceis:

O jogo envolve dois jogadores dispondo de peças de cores diferentes (digamos que um dos jogadores joga com peças azuis e o outro com peças vermelhas).O jogo é disputado num tabuleiro semelhante ao lado. Cada jogador joga, à vez, uma peça da sua cor dentro de um hexágono. O objetivo do jogador com as peças vermelhas consiste em conseguir um caminho vermelho que una as duas margens paralelas, objetivo idêntico do jogador de peças azuis.

Baixe seu tabuleiro aqui - Hex de John Nash
Saiba mais sobre o Hex.

sábado, 23 de junho de 2007

Enquanto isso ninguém faz nada...



...quem se interessa pela confusão do mundo ?...

"...Enquanto a autoridade inspirar temor reverencial, a confusão e o absurdo irão consolidar as tendências conservadoras da sociedade. Primeiramente, porque o pensamento claro e lógico conduz à acumulação de conhecimentos (cujo melhor exemplo é fornecido pelo progresso das ciências naturais), e o avanço do conhecimento cedo ou tarde solapa a ordem tradicional. Pensamento confuso, por outro lado, leva a lugar nenhum e pode ser tolerado indefinidamente sem produzir nenhum impacto no mundo..."

Stanislav Andreski, Social Science as Sorcecy (1972, p.20)

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Pequenos grandes clássicos...


Lá pelos idos dos anos 80, a editora Record lançava uma tradução de uma famosa revista americana, "Isaac Asimov Magazine", que mensalmente trazia contos dos mais proeminentes escritores de ficção científica. Alguns beiravam pequenos grandes clássicos para quem aprecia o gênero. A publicação foi encerrada aqui no Brasil com a morte do doutor Isaac, e 26 periódicos hoje navegam pelos sebos e bibliotecas de aficionados com as maravilhas da fantástica ciência.

Os contos, além de proporcionar um imenso prazer na leitura, também trazem excelente idéias para transbordar a mente e ampliar o imaginário. Então, como tributo a essa excelente publicação, disponibilizarei aperiodicamente, contos de alguns números da Isaac Asimov Magazine, cada arquivo trará, além do próprio conto, a capa da revista, o índice e o frontispício do conto, onde haviam desenhos excelentes.

Para inaugurar, disponibilizarei um conto da IAM número 2 - Estados do Vácuo de Geoffrey Landis, onde a física quântica e uma misteriosa máquina podem determinar o futuro do universo.

Baixe e imprima.
Excelente leitura !

Pegue aqui seu exemplar:
[
IAM#2 : Estados do Vácuo - Geoffrey Landis ]

terça-feira, 19 de junho de 2007

No estilo Dan Brown...


Trecho da uma reportagem que saiu na Folha Online:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u305205.shtml

"...Isaac Newton previu o fim do mundo para 2060, aponta manuscrito - da France Presse, em Jerusalém
Isaac Newton (1643-1727), um dos cientistas mais importantes de todos os tempos, previu o fim do mundo para 2060, segundo manuscritos do famoso físico apresentados no domingo (17) pela Universidade Hebraica de Jerusalém... "
Mais uma vez, como centenas de vezes, a impresa aposta no desconhecimento amplo sobre alguns fatos para alardear embustes retóricos com objetivos óbvios que promover a confusão e conquistar audiência. É de conhecimento de historiadores e filósofos da ciência que cerca de 90% da obra de Newton é sobre alquimia e misticismo. Os outros 10% estão baseados em argumentos sólidos e sobrevivem até hoje...
Mais uma vez a barbárie avança para confundir e paralisar...

Aquário Darwiniano...


Na onda contrária ao crescente criacionismo, encontrei um excelente programa de simulação de vida artificial, com uma interface simples e configuração bem amigável, há algumas notáveis características, como a alimentação, a reprodução e a evolução baseada na seleção genética. Os pequenos seres são os Swinbots, que você pode mover, clonar ou até matar. Há alguns Swins na página que você pode baixar que tem características específicas, notáveis nadadores, rápidas aranhas...e assim vai.

Excelente programa educativo.
Baixe aqui: http://www.swimbots.com/

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Liquidaram o bom senso...


Há apenas uma cena boa ! A primeira...o restante, huummm...
Continuação da sequência "O Extermínio" (28 Days Later, 2002) , zumbis estúpidos porém agéis e famintos correm novamente atrás de carne humana (não se comem por motivos inexplicáveis).

A película pouco a pouco vai agredindo a inteligência com sequências sem sentido, totalmente inverossímeis, exterminando rapidamente os neurônios que ainda resta.
Crianças escapam de um mega sistema de vigilância militar americano, um podre síndico com acesso irrestrito à áreas ultraprotegidas...enfim, um festival de catástrofes. É possível cuspir o cérebro no final da sessão.

Explodem Londres, gases tóxicos, esquadrão lança-chamas...e mesmo assim...alguns zumbis e os "heróis" escapam...E a finalização patética, demonstrando o alastramento do vírus zumbiótico, com alguns trôpegos monstros indo em direção à torre Eiffel.

Definitivamente hediondo.

AVALIAÇÃO:


FICHA TÉCNICA
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EXTERMÍNIO 2
(28 Weeks Later, 2007)


DIREÇÃO: Juan Carlos Fresnadillo
ROTEIRO: Rowan Joffe, Juan Carlos Fresnadillo, Jesús Olmo e Enrique López Lavigne
ELENCO: Robert Carlyle, Rose Byrne, Jeremy Renner, Mackintosh Muggleton, Imogen Poots, Harold Perrineau e Catherine McCormack
MÚSICA: John Murphy
FOTOGRAFIA: Enrique Chediak

Embates filosóficos...


A discussão sobre vários temas polêmicos como liberação de preservativos para católicos e direito ao aborto já estão atingindo cartões publicitários de bares e restaurantes de São Paulo (como este na imagem), o governo esquenta a discussão abrindo interessantes precedentes. A igreja se manifesta, a sociedade se mobiliza.

Estarão todos preparados para o embate ?

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Por princípio...

Marketing da Barbárie...


"Astrônomos amadores descobriram que o asteróide 2-Pallas teve sua órbita alterada e segundo os últimos cálculos está em rota de colisão com a Terra. Os principais centros espaciais do mundo ainda não se pronunciaram, mas já existe uma grande mobilização na comunidade científica e militar."

O pânico e a polêmica se alastraram como petróleo derramado !
Tudo antes de percerber o elixir astucioso e amargo do logro que enfiavam na sua boca hoje !

Nos moldes da transmissão radiofônica de Orson Welles em 1938, os formatos risíveis da nova era do marketing deixam aflorar a pouca capacidade crítica do público atingido por esse asteróide da ignorância, além da estupidez ilusória engendrada pelos "cérebros" da publicidade. O engodo produziu centenas de comentários, postagens, blogs faiscaram diante da nova nociva campanha de um carro qualquer, de fato, parece que surtiu o efeito, o xarope antiencéfalo foi engolido e a mensagem foi transmitida.

Mas é necessário refletir...
Qual o limite da publicidade, promovendo ares oficiosos à miraculosos anúncios...(??)
E o seu limite em aceitar isso ?

São os novos moldes do marketing da barbárie.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Tão somente, unicamente...


Essa noite Carlos me visitou em sonhos, e disse algo que fui incapaz de compreender em linguagem surreal, mas em signos modernistas !

Não se mate
(Carlos Drummond de Andrade)

Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.

Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
reserves-e todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.

O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.

Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Pincéis de luz...


Algumas idéias interessantes sobre fotografia, física, matemática... e tudo ao mesmo tempo.

Essas curiosas figuras abaixo é o resultado da projeção de um pêndulo laser em uma superfície plana. O quê !??






(Clique na figura para visualizar em maior resolução)

Calma, explico. Apenas pendurei um ponteiro laser em um barbante, e com pequenas chacoalhadas, fotografei sua projeção no chão com um tempo de exposição de 8 segundos.

Faça em casa, muito simples e o resultado é curioso e ao mesmo tempo belo.

É possível abstrair várias conclusões, ou melhor, inúmeras questões sobre essas fotografias. Por exemplo, as duas primeiras figuras adicionei complicadores no arranjo do pêndulo, produzindo figuras caóticas. Notem a falta de padrão.

Nas últimas, observo claramente a perda de energia do pêndulo, e suas oscilações tendendo ao centro e ao repouso. (Essa direção preferencial é um atrator não caótico). Outras, das inúmeras curiosidades observáveis, são as regiões mais brilhante nas extremidades das elipses, huummm....! A velocidade do pêndulo é menor...e o laser fica por mais tempo...e então....

Enfim, uma simples idéia pode gerar além do belo, o pensamento curioso. Tão em falta nessa época de niilismos aniquilantes !

sábado, 2 de junho de 2007

Quantas artes...


Esses dias um amigo disse que iria apreciar minha recomendação da sétima arte, e isso me sucitou um curiosa dúvida, qual o motivo do cinema ser conhecido com esse título ? Existem e quais são as outras até a sétima ?

Enfim, uma breve pesquisa solucionou esse enigma...

O termo sétima arte para designar o cinema foi dado por Ricciotto Canudo no Manifesto das Sete Artes, em 1911. Essa referência é apenas indicativa, cada uma das artes é caracterizada pelos elementos básicos que formatam sua linguagem e classificadas da seguinte forma:

* 1ª Arte - Música (som)
* 2ª Arte - Pintura (cor)
* 3ª Arte - Escultura (volume)
* 4ª Arte - Arquitetura (espaço)
* 5ª Arte - Literatura (palavra)
* 6ª Arte - Coreografia (movimento)
* 7ª Arte - Cinema (integra os elementos das artes anteriores).

Enfim, realmente interessante !

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Feia, sempre feia...


Certamente é difícil falar de Moacyr Scliar e de suas obras literárias sem mencionar o humor que percorre todos seus livros. É uma característica genética, entranhada no código das suas linhas.

Faz pouco tempo que terminei de ler "A mulher que escreveu a Bíblia", de fato, considero um belo adendo da alta literatura, com muita fluidez, a narrativa nos remete ao reinado de Salomão e suas 700 esposas...porém uma, a mais feia de todas, mas a única capaz de ler e escrever...nos dá a glória da narração...

AVALIAÇÃO:

FICHA TÉCNICA
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Editora: Companhia de Bolso
Valor: R$ 15,90 - Submarino
ISBN: 9788535909531
Ano: 2007
Edição: 1
Número de páginas: 168
Acabamento: Brochura
Formato: Bolso

Mil e um temas de Kubrick


Finalmente assisti o grande filme de guerra de Kubrick, dentre seus mil e um temas, esse mereceu, como todos os outros, sua dedicação como consagrado diretor.

Nascido para Matar é uma obra sobre o fanatismo militar. Retrato irônico e contundente sobre a obsessão norte-americana pela guerra, o filme de Kubrick se torna atual nestes tempos de conflito. Cultura centenária de um povo marcado por guerras, o militarismo ganha as formas e o tom singular do diretor.

É uma película que envolve dois grandes temas, a ação desmedida e impensada de peões soldados a frente da luta pela suposta liberdade de outros povos e a psicologia aniquilada pelo
fanatismo e destruição do sujeito como entidade livre, um retrato claro do pensamento barbáro, passado e vindouro.

AVALIAÇÃO:

FICHA TÉCNICA

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NASCIDO PARA MATAR (Full Metal Jacket)
EUA - 1987 - Guerra - 117 minutos
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Michael Herr e Stanley Kubrick
Direção de Fotografia: Douglas Milsome
Montagem: Martin Hunter
Elenco: Matthew Modine, Adam Baldwin, Vincent D'Onofrio, R. Lee Ermey, Dorian Harewood, Arliss Howard
Distribuição: Warner Bros.